A Prisão da Borboleta

 


Essa é a parte da minha em que se encontra o maior dos meus conflitos... Afeição.

Hoje me dei conta de como o tempo passou e eu acho que eu não mudei. Não tanto quanto anos atrás achei que estaria ao imaginar o atual presente que não época era futuro.

Me bateu uma certa solidão ao me deparar com uma realidade que parece ser imutável nessa vida. Vejo os sites e vejo pessoas que conheço de longa data e o quanto elas mudaram. E eu fiquei pra trás.

É certo que tudo o que se passa no meu presente não deixa de ser conseqüência do meu passado. Sombrio passado...

Quantos... mas quantos fiz sofrer... e agora colho a dor da solidão e falta de calor humano.

Não sei o que é o toque humano, o toque de amor em minha pele.

Parece que sou um íma oposto. Ao invés de atrair, faço afastar as pessoas que me despertam interesse.

Todo o grupo que um dia era “inseparável”, hoje tem suas vidas afetivas “normais”.

Sabem o que é ter alguém que te liga, que te manda mensagem, que te apresenta... sabem o que é ter o dia dos namorados, sabem o que é ter alguém ali em algum lugar.

Enquanto eu só fico na imaginação...

Claro que isso não é um detalhe tão trágico assim, mas me sinto um peixe fora d'água.

Tem horas que isso pesa não ser como os outros. Não sentir como os outros, não sentir os outros... não ser sentida.

Eu fico feliz por essas pessoas, mas sinto uma dor de mim mesma.

Estou aprisionada... não tão dramaticamente assim, mas é um tanto torturante quando você é a “única”.

Eu sou a única que não sei o que é nada disso... Nessa vida.

Eu quero parar de sentir pena de mim por conta desse simples detalhe e não chorar por uma bobeira dessa... mas... eu tenho sentimentos e emoções. Sou humana, mesmo que a maioria ache que não.

E o pior é que tenho que lidar com isso sozinha. Carregar sozinha, superar sozinha. Nem ao menos tenho a chance de poder botar pra fora. Porque quem sabe o que é isso vai dizer que é bobagem, vai fazer pouco caso dos meus sentimentos. Então se for pra ser julgada, melhor sofrer sozinha.

Eu peço a Deus forças pra suportar isso até o momento que não precisarei mais passar por isso.

Todos os que me apaixono, me atraio sempre vão embora. Ultimamente nem mesmo o toque de um cumprimento tenho mais tido “direito”. É como se eu vivesse numa bolha.

Uma obra de arte, que só pode ser apreciada pelos olhos.

Algo sagrado...

Eu não estou pedindo um namorado... uma pessoa qualquer. Apenas alguém que queira estar comigo e goste de mim como sou. Mesmo que não de certo. Risos

Bom, o momento idiotice já passou, chega de ser menininha e bobona. Tá na hora de por a armadura novamente. Boa noite!

22/8/11 3:32AM

(**)

Doze anos se passaram desde esse texto e seguimos na mesma curiosidade. Muita coisa aconteceu, mas hoje esse aspecto de dificuldade tem uma explicação: Quíron na casa 7, a ferida da alma na casa dos Relacionamentos.

Comentários