Faz tempo desde que nos falamos.
Talvez nem lembre mais de mim.
E tá tudo bem caso seja isso.
Mas eu, estou aqui novamente apenas e somente por causa do meu último recurso.
Meu último recurso de vida.
Tentei várias opções antes e nem queria que as coisas tivessem chegado a esse ponto, ao ponto de eu esquecer completamente o meu ego, descer do salto, pisar na tal dignidade, me expor e me humilhar para que você possa pelo menos me ouvir.
Faço isso acreditando em todas as minhas lembranças e de tantas coisas que presenciei sobre você, até mesmo, ainda me lembro das várias vezes que me auxiliou em alguma coisa sem eu pedir, ou até mesmo quando uma vez me perguntou se podia me ajudar em alguma coisa.
E é sobre isso.
E falando em dignidade, é justamente sobre isso. Estou lutando para ter a dignidade de viver, de me curar e finalmente realizar meus sonhos.
Mas para isso, antes e mais uma vez, preciso de você.
Eu não faria isso se não fosse por pura necessidade e desespero com a esperança de Viver!
Aguardo retorno, mesmo que seja uma negativa. Pelo menos terei a consciência limpa de que tentei absolutamente tudo o que eu pude fazer e que estava ao meu alcance.
Atte.
(*)
E foi aquela mensagem inesperada que iniciou o meu dia.
Não pude responder de imediato.
Ainda estava me recuperando da surpresa, tanto do conteúdo, quanto do remetente.
Não pude responder de imediato.
Ainda estava me recuperando da surpresa, tanto do conteúdo, quanto do remetente.
Confesso que tive um mistura de sentimentos, várias coisas passaram em minha cabeça, mas eu não podia me deixar levar pelo puro impulso de responder, afinal, era óbvio a sensibilidade do assunto, ainda mais, sendo de quem.
Apesar dos anos sem contato, não havia muito tempo desde que havia ouvido sobre.
Para mim estava tudo bem até então, mas a mensagem inesperada tinha um teor de muito receio e isso me aguçou.
Esperei o momento apropriado enquanto pensava em como responder.
Eu não podia transparecer minha agitação, e na verdade, que momento foi aquele?
Logo quando tanta coisa nova estava acontecendo em minha vida e eu tendo que me adaptar a essa nova fase.
Eu não podia transparecer minha agitação, e na verdade, que momento foi aquele?
Logo quando tanta coisa nova estava acontecendo em minha vida e eu tendo que me adaptar a essa nova fase.
Confesso que não foi tão fácil quanto eu pensei que seria.
Sentei a minha nova mesa, em minha nova sala. Um novo computador, um novo labor, mas velhas lembranças.
Sentei a minha nova mesa, em minha nova sala. Um novo computador, um novo labor, mas velhas lembranças.
Ainda que a possibilidade de interrupções me tirassem a total atenção aos meus pensamentos, era a agitação de meus sentimentos que me moviam.
Quantos rascunhos descartei, quantas vezes abri e fechei a aba da conversa, mas não podia fugir a responsabilidade de uma resposta.
Quantos rascunhos descartei, quantas vezes abri e fechei a aba da conversa, mas não podia fugir a responsabilidade de uma resposta.
(**)
O alerta vibrou meu celular. Não olhei de imediato, mas sentia uma sensação estranha que me atiçava a curiosidade de olhar a tela.
Não acreditei no que estava lendo!
Meu corpo todo tremia, meu coração parecia que ia pular de meu peito, um grito de surpresa escapou de minha garganta. Andei pela casa tentando me acalmar.
Lágrimas incontroláveis escorriam em meu rosto, meu raciocínio ainda falho devido ao impacto das palavras gentis que lia e relia para processar se aquilo era mesmo verdade.
A força da Esperança percorria todo o meu ser, recarregando-me de uma forma surreal.
Não acreditei no que estava lendo!
Meu corpo todo tremia, meu coração parecia que ia pular de meu peito, um grito de surpresa escapou de minha garganta. Andei pela casa tentando me acalmar.
Lágrimas incontroláveis escorriam em meu rosto, meu raciocínio ainda falho devido ao impacto das palavras gentis que lia e relia para processar se aquilo era mesmo verdade.
A força da Esperança percorria todo o meu ser, recarregando-me de uma forma surreal.
Por fim, após recobrar meu autocontrole sobre aquela tão almejada conversa, dei-me conta sobre coisas e pessoas ao meu redor.
Dei-me conta de que aquelas poderiam ser minhas ultimas palavras, seriam parte do meu legado sem descendentes.
Palavras que ecoariam para o além de mim e que atingiriam outras pessoas de variadas formas.
Dei-me conta de minha própria finitude e que nada mais importava a não ser a minha própria consciência e autenticidade após tantos anos de auto aprisionamento.
Dei-me conta de que aquelas poderiam ser minhas ultimas palavras, seriam parte do meu legado sem descendentes.
Palavras que ecoariam para o além de mim e que atingiriam outras pessoas de variadas formas.
Dei-me conta de minha própria finitude e que nada mais importava a não ser a minha própria consciência e autenticidade após tantos anos de auto aprisionamento.
Dei-me conta das hipocrisias e revelações de máscaras.
Dei-me conta dos julgamentos alheios, ora disfarçados de curiosidade, ora disfarçados de zelo.
Dei-me conta dos julgamentos alheios, ora disfarçados de curiosidade, ora disfarçados de zelo.
Dei-me conta das bocas cheias e crenças vazias.
Dei-me conta do que realmente importava naquele momento mais delicado de minha vida, e que se tornaria o divisor de águas para o resto de minha existência.
Dei-me conta de quem realmente era dos Meus.
No fim, foi o Indigno que fez alguma coisa.
Já os que diziam me amar, encheram seus egos inflados de escárnio e apontamentos de mestres sobre a minha falta de Dignidade.
Os que diziam me amar crucificaram meus sentimentos, condenaram minhas motivações e tentaram me silenciar, como se fossem os maiorais, sem sequer demonstrar preocupação real com a minha condição, apenas preocupados com o próprio regozijo.
Já os que diziam me amar, encheram seus egos inflados de escárnio e apontamentos de mestres sobre a minha falta de Dignidade.
Os que diziam me amar crucificaram meus sentimentos, condenaram minhas motivações e tentaram me silenciar, como se fossem os maiorais, sem sequer demonstrar preocupação real com a minha condição, apenas preocupados com o próprio regozijo.
Mas que diferença faz?
A dignidade (ou a falta dela) é minha, e faço dela o que eu quiser!
E o que o Indigno disse e fez, só não superou Deus em minha vida!
A dignidade (ou a falta dela) é minha, e faço dela o que eu quiser!
E o que o Indigno disse e fez, só não superou Deus em minha vida!
Ual!!
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